quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O VENTO


 


        
 
 
A noite é longa, escura.
 
Ouço o barulho do vento
 
sacudindo as ventanas.
 
Ele chama, ele chora, ele clama.
 
Há um mistério lá fora,
 
na linguagem das folhagens
 
e no gemido do vento.
 
Ele chama, ele implora, vem,
 
não demora.
 
O grito é aqui dentro,
 
nas minhas entranhas.
 
Estranho apelo.
 
Estou só, falo de mim,
 
para mim mesma.
 
Até quando? Pergunto.
 
Somente uma vida aguardando
 
a próxima espera.