A noite é longa, escura.
Ouço o barulho do vento
sacudindo as ventanas.
Ele chama, ele chora, ele clama.
Há um mistério lá fora,
na linguagem das folhagens
e no gemido do vento.
Ele chama, ele implora, vem,
não demora.
O grito é aqui dentro,
nas minhas entranhas.
Estranho apelo.
Estou só, falo de mim,
para mim mesma.
Até quando? Pergunto.
Somente uma vida aguardando
a próxima espera.